segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Aproxima-se o dia de S. Valentim, magnifica celebração ao amor, exultante festejo dos afectos e … grande oportunidade de vendas e excelente desculpa para não se fazer o trabalho agendado.
A decadência da sociedade impera até nos valores afectivos, que deveriam ser incorruptíveis. Não há maior hipocrisia, encobrimento, perfídia que fazer uso dos sentimentos e afectos alheios para a obtenção de lucro fácil. Eles são peluches, almofadas em forma de coração, flores de todas as cores e feitios, relógios aos corações, perfumes amorosos, porta-chaves, canetas, maquilhagem, gravatas, canecas, lingerie, molduras, velas e eu sei lá mais o quê! Faço apologia do lema: “é proibido proibir”, mas neste caso sou a primeira a propor uma fortíssima repressão sobre todos os produtos e bens alusivos a S. Valentim que tenham como fim imediato o lucro!
Abaixo o dia de S. Valentim, abaixo a descriminação dos que como eu estão sozinhos por opção! Abaixo o léxico depreciativo como solteirona, tia, celibatária, encalhada e coisas do género! !? A sociedade não sabe o que fazer com todas aquelas “largadas” e “frustradas” Mulheres que não cumprem a tradição, que não se enquadram no padrão amoroso que nos tentam vender em cada esquina, em cada anúncio de televisão, em cada revista do coração, em cada página de jornal! É obrigatório submeter-se ao convencionalismo? Hipocrisia! Fingimento! Dissimulação! Descriminação!
Não é por não se cumprir o tradicional papel machista de mulherzinha burguesa, em que a rapariga de família agarra um homem, apresenta-o à família, faz o casamento do século e procria, que se tem que ter um rótulo menos lisonjeiro. Ofereçam à vossa alma gémea o vosso amor, amizade, afecto e compreensão...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Miss Love,
onde devo assinar, de modo, a oficializar a minha total concordância nesta matéria???
Pirosos, que até doí!!!

13 fevereiro, 2006 23:00  

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